A maneira de como o pastor e o povo ouvem com atenção um ao outro governa a forma como se relacionam. Relacionamentos de qualidade somente ocorrem quando o ouvir é franco, atentivo, de qualidade. Um ouvir superficial, defensivo ou crítico criar relacionamentos insatisfatórios para um contexto de Igreja. Por isso, a atitude de ouvir é uma condição essencial no pastorado. Ela e transmitida, de uma forma mais ampla, no dia-a-dia das relações entre pastor e membro, além do texto bíblico e da época litúrgica. Elementos do sermão começam a nascer neste diálogo ou desse ouvir mútuo prévio. Chartier exemplifica esta postura:
O pregador ouvinte precisa, antes de mais nada, ser um pastor ouvinte. Como uma pessoa comprometida com Deus, o pastor ministra ouvindo o povo em diversos contextos de vida. Um pastor pode ouvir para adquirir informação e idéias para futuros sermões; para transmitir cuidado e afirmação para uma pessoa enferma acamada; para ajudar uma pessoa, um casal ou família, compreendendo a sua agonia. Ao ensinar em grupos de estudo, o pastor pode tentar compreender as questões das pessoas e entendê-las como indivíduos. Em uma situação de conflito na reunião da diretoria da Igreja, o pastor pode ouvir a fim de diminuir a o atrito e estabelecer confiança. Em um culto, o pastor pode ouvir ao coral para que possa participar de uma forma mais intensa em uma experiência elevadora com o restante do povo em culto.[i] (djj)
[i] Chartier, op. cit. pp. 45, 46.