Ecos do Evangelho

Rossow sugere que até mesmo é possível encontrar ecos do Evangelho na literatura secular.  Estes “padrões-Evangelho” ser intencionais, prováveis ou não intencionais.  Ele cita como exemplo de padrão intencional o clássico infantil de C. S. Lewis O Leão, a Bruxa e o Quarda-roupas. Como prováveis, cita Dom Quixote, de Cervantes, entre outros.  E para padrões não intencionais, cita romances como O Eterno Marido (Dostoevsky) e O Retrato the Dorian Gray (Wilde).  Na medida em que se envolve com diferentes tipos de literatura (e outras formas de arte), o pregador deve estar atento para as possibilidades homiléticas.

Obviamente, a fonte de aprendizagem e criatividade não se restringe ao consumo de romances.  O pregador precisa ser um “consumidor de linguagem”.  Ele precisa estar trabalhando a sua própria linguagem quando está lendo romances, indo assistir a uma peça de teatro ou a um filme ou à TV ou quando observa como as pessoas constroem suas vidas com a assistência de palavras. 

Poetas, dramaturgos, romancistas costumam dominar tanto a linguagem como as palavras.  Os poetas, por exemplo, podem ser uma importante fonte de inspiração para os pregadores, pois fazem uso intenso de figuras de linguagem.  Uma comparação entre os salmos e poemas de hoje mostrará que os recursos para a criatividade continuam inesgotáveis.  Assim pode ser com os sermões. (djj)