Existem sermões “éticos”? David P. Gushee e Robert H. Long dizem que sim. Eles são os autores do livro A Bolder Pulpit – Reclaiming the Moral Dimension of Preaching (em tradução livre: Um púlpito corajoso – Reivindicando a dimensão moral da pregação. Foi publicado em em 1998 pela editora Judson Press, dos Estados Unidos. Tem 204 páginas.
O termo “ético” se refere ao conteúdo do sermão, assim como se fala em sermão “evangelístico” ou “doutrinário”. O propósito dos autores é assistir pregadores na preparação de sermões relacionados com a moral cristã, ou seja, a dimensão ética da mensagem cristã. Eles justificam o livro dizendo que muito poucos pastores lidam adequadamente com a vida da Igreja, e que isto colabora com a péssima nutrição da igreja contemporânea e a erosão da autêntica moral cristã.
O livro tem dois blocos distintos. No primeiro, com três capítulos, os autores discutem o que chamam de “método”. É uma fundamentação teórica sobre a questão do “vácuo” moral na pregação contemporânea e de como ele pode ser revertido. A proposta é que a Igreja tenha “pregadores de ética” e “pregação de ética”.
A segunda parte, e mais extensa, traz uma série de 18 exemplos de sermões que focam especialmente questões éticas. Os autores procuram focar implicações morais de um de bíblico. Alguns dos títulos: “A santidade da vida humana”; “A vocação do pai cristão”; “Sobre o isolamento do meio social”; “Relações raciais: uma perspectiva bíblica”; “Por que ser bom?”