>> Trocando ideias

Imagem

Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs,

então você e eu ainda teremos uma maçã.

Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia e nós trocamos essas ideias,

então cada um de nós terá duas ideias.

George Bernard Shaw

 

> Livro 30: Pregador, não deixe o ouvinte dormir!

Imagem

 

 

O livro “Saving Eutychus: How to Preach God’s Word and Keep People Awake” (algo como: “Salvando Êutico: Como pregar a Palavra de Deus e manter as pessoas acordadas”) é recente, de 2013. Seus autores são Gary Millar e Phil Campbell. Foi publicado pela editora MImagematthias Media USA. Tem 172 páginas.

O título do livro é sugestivo porque remete a um relato do Novo Testamento – Atos 20.7-11. Durante uma das suas viagens missionárias, o apóstolo Paulo estava pregando. A certa altura, um dos presentes, Êutico, dormiu e caiu da janela do terceiro andar e morreu (leia na Bíblia o desfecho).

Claro que o título é baseado em um argumento falacioso – mas é uma “brincadeira séria”. O “gancho” aqui é que o pregador se prepare bem para que os “êuticos” da sua igreja não durmam durante a pregação. O livro oferece argumentos honestos e práticos para que o pregador pregue a Palavra com fidelidade e novidade.

O livro também traz sermões dos autores e observações mútuas. Além disto, oferece uma planilha de avaliação de um sermão e diversos diagramas úteis.

> Vendo o bom no ruim

Pregação blogue dito 03

Pensadores criativos, quando defrontados com soluções fracas, não as jogam foram.  Ao contrário, eles perguntam: “Que há de bom nelas?”, pois pode ser que pode existir algo de bom até mesmo na piores ideias.  E mesmo que possa ter o mínimo de qualidades, estas soluções pode ser transformadas para ter um efeito melhor ou tornadas maiores.
Fonte: http://www.internetevangelismday.com/dayframeforlinks.php?id=http://www.virtualsalt.com/crebook1.htm&referer=/creative-thinking.php&des=Introduction%20to%20Creative%20Thinking

 

> A base da pregação cristã

Pregação trechos

Você normalmente prega tendo como base apenas um texto bíblico?  Na pregação dita tradicional, essa é a “regra”.  Mas nada impede que você também exercite a sua criatividade de proclamar a criativa Palavra de Deus através uso de múltiplos textos, ou pela justaposição de textos.  

O uso de múltiplos textos ou de textos justapostos na pregação pode, a princípio, parecer estranho se você está acostumado a utilizar apenas um texto.  Mas este recurso homilético apresenta características interessantes e que podem resultar, com a prática,  em abordagens criativas e variadas.  O tratamento dialético imposto pela da presença de dois ou mais textos pode resultar em uma nova ideia, que poderia não surgir de outra forma.

 

> Olhe para as coisas

Pregação blogue dito 03

One very important aspect of motivation is the willingness to stop and to look at things that no one else has bothered to look at. This simple process of focusing on things that are normally taken for granted is a powerful source of creativity.  Edward de Bono

Um aspecto muito importante da motivação é a disposição de parar e olhar para coisas para as quais ninguém se importou em olhar.  O simples processo de focar em coisas que normalmente “passam batidas” é uma poderosa fonte de criatividade.

> Livro 13: Pregação encarnacional

Dica de leitura 03

A expressão “pregação encarnacional” é bastante usada em vários segmentos homiléticos.  Ela se refere ao esforço do pregador de “encarnar” a Palavra de Deus, de se “tornar” a mensagem de Deus da Escritura Sagrada.  Este é o foco principal do livro de David Day – Preaching witt All You’ve Got: Embodying the Word (“Pregando com tudo o que você tem – Encarnando aImagem Palavra”).  Foi publicado nos EUA em 2006 pela Hendrickson.  Tem 186 páginas.

A imagem da “encarnação” permeia todas as quatro partes e os 18 capítulos do livro.  David começa abordando com a Palavra de Deus que deve primeiro se encarnar no pregador.  Nesta parte, ele aborda questões relacionadas com a personalidade e a atitude do pregador, no e fora do púlpito.  Um dos capítulos aborda a Bíblia e a imaginação.

Na segunda parte, o autor escreve sobre “a Palavra encarnada em palavras”.  Aqui, ele aborda questões como histórias, imagens, metáforas, metáforas, ilustrações, etc.  O ponto de partida é o próprio caráter da Bíblia, que está repleta de recursos imaginativos e criativos.

A contextualização (encarnação no mundo) da Palavra de Deus é um dos focos da Parte 3.  Além de apontar para a necessidade da aplicação da Palavra à realidade do ouvintes, David também avaliar ferramentas disponíveis que podem auxiliar neste processo, como artes visuais, objetos e informática.

A parte final lida com “a Palavra encarnada nos ouvintes”.  São dois capítulos: “Pregando com a congregação” e “Pregando para uma resposta”.

Na chamada de contra capa do livro está colocado o seguinte: “Pregação encarnacional convida pregadores a ‘encarnar a Palavra’ tornando-se sua mensagem por meio de transparência pessoal, histórias contadas com imaginação, metáforas iluminadoras e o uso vívido de imagens”.

Nota 1: Eu me refiro à “pregação encarnacional” em alguns capítulos do meu livro Pregação Criativa (como no 6). A ênfase é a mesma do que a propugnada por David Day.

Nota 2: O autor também escreveu um manual homilético: “A Preaching Workbook”.  A última edição é de 2004 e foi publicada pela  SPCK Publishing, de Londres.

> Criatividade é…

Pregação trechos

Frases sobre criatividade do livro PREGAÇÃO CRIATIVA:

– Criatividade é a habilidade de recombinar coisas já existentes de maneira diferente e para novos propósitos.
– Criatividade é a habilidade de gerar novidade.
– Criatividade é a capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras.
– Criatividade é o ato de unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma terceira coisa.
– Criatividade é ver a mesma coisa que os outros estão vendo e enxergar algo diferente antes dos demais.
– Criatividade é a capacidade de redefinir ideias e abordagens antigas de um modo novo.
– Criatividade é a habilidade de ver relações onde, aparentemente, não existem.
– Criatividade é a capacidade de perceber e conectar coisas que aparentemente não têm conexão.

> Livro 12: Pregação experimental

Dica de leitura 03

A história da Homilética ou da pregação começou a dar uma forte guinada na década de 1970.  Foi nesta época que começou a surgiu o que ficou conhecido como “a nova homilética”.

ImagemUma das bandeiras deste “movimento” era a variedade na formatação dos sermões – até então largamente baseados na retórica greco-romana.  Uma das primeiras coletâneas desses novos formatos apareceu no livro Pregação Experimental, publicado em 1973.[i]

Na apresentação, o editor, John Killinger, justifica a coletânea dizendo que, quando um sermão de domingo de manhã é uma cópia de outro sermão, que por sua vez é uma cópia de outro sermão, é tempo de mudança.  Para ele, as formas experimentais na pregação na verdade não eram nada realmente novo, pois sempre houve experimentação entre os pregadores. Em todas as épocas, houve inventividade: os atos simbólicos de Jeremias, a exposição bíblica de Orígenes, o methodus heroica (ou anúncio da palavra de Deus revestido de autoridade apostólica) de Martinho Lutero, etc.

O livro oferece cerca de duas dezenas de exemplos (sermões ou esboços) que são uma amostra da mudança de paradigmas homiléticos que estava em curso na época.  Os títulos dão uma ideia da “experimentação”: “2001: a Igreja revisitada”; “A parábola ‘Detroit’”; “As cores do culto”; “Jesus demais”.

Killinger, John, ed.  Experimental Preaching. Nashville: Abingdon Press, 1973. Killenger publicou um segundo volume dois anos mais tarde: The 11 O’Clock News & Other Experimental Sermons. Nashville: Abingdon Press, 1975.

> O exercício da imaginação

” O primeiro passo para um ministério mais criativo é agradecer a Deus por lhe dar uma imaCre 01ginação e pedir que ele lhe ajude a exercitar essa imaginação para que ela seja usada pelo Espírito como uma força criativa em sua vida. A cada manhã, em meu momento particular de devoção, eu coloco diante de Deus o meu corpo, a mente, a vontade, o coração, e a imaginação (Rm 12.1,2) e peço a ele que me use para ser um transformador e não um conformador,  um criador, e não um destruidor.  Estudando, pregando, escrevendo, aconselhando ou conversando com amigos, eu quero que a minha imaginação me enriqueça e me ajude a ter o discernimento para ministrar o melhor que posso.”[i]
[i]
Wierbse, Preaching & Teaching with Imagination, pp. 290, 291.

> O papel da imaginação

Pregação trechos

Um dos principais “combustíveis” para a criatividade é a imaginação.  Ela permite criar ideias abstratas e está intimamente associado à capacidade de criação.  Ela é o instrumento utilizado para ampliar os parâmetros da experiência e vislumbrar novos caminhos.  Os avanços do ser humano nas mais diferentes áreas sempre iniciaram (iniciam) com conceitos ou combinações até então desconhecidos ou separados de alguma forma.  “A mente do inventor simplesmente pegou fragmentos de ideias familiares e, a partir delas, criou algo que não apenas não era familiar, mas também não existente.”[i]


[i] Tozer, A. W. “The value of a sanctified imagination”. In: Wiersbe, Warren W, ed. Developing a Christian Imagination – An Interpretative Anthology. Wheaton: Victor Books, 1995, pp. 211-214.