> As parábolas de Jesus

Pregação trechos

Jesus não usou histórias  com o objetivo de entreter os ouvintes.  Muitas vezes, as parábolas  foram a principal forma de Jesus anunciar  a sua mensagem. Mais do que ilustrar, as suas parábolas  podem ser vistas como breves sermões. Cada uma traz uma verdade que é levada à consciência do ouvinte através  da cena narrada. A atenção  é despertada  pela confrontação  dramática  com uma verdade sobre a relação de Deus com o ser humano. Cada parábola,  como um sermão, carrega uma mensagem única e requer uma resposta  simples.

> Livro 11: Uma paixão pelo Evangelho

Dica de leitura 03

A Passion for the Gospel – Confessing Jesus Christ for the 21st Century (“Uma paixão pelo Evangelho – Confessando Jesus Cristo para o século 21”) traz uma proposta interessante: temas relacionados com o título do livro que são acompanhados de exemplos de sermões.  Cada tema tem dois capítulos e dois sermões. O livro foi publicado em 2000 pela Geneva Press, EUA.  Os editores são Mark ImagemAchtemeier e Andrew Purves.  Os autores são da Igreja Presbiteriana. Tem 222 páginas.

O livro não trata especificamente sobre pregação.  Ele envolve liturgia, evangelismo, sistemática. Todavia, a sua fundamentação, ao afirmar que a vida cristã não é uma abstração que representa as ideias de Jesus, mas um vivo e vibrante relacionamento com ele, coloca bases que também abrangem a proclamação cristão do púlpito.

O livro possui cinco seções, cada uma lidando com um tema teológico: 1. Confessando Jesus Cristo; 2. Palavra e Sacramento; 3. Nossa vida em Cristo; 4. Cristo em nós; 5. A Igreja, o corpo de Cristo.

Para fins de exemplificação, veja o conteúdo da Parte 2.  Os dois capítulos, por dois autores diferentes, são: “A fala de Deus e a nossa pregação” e “A missão da Igreja por meio da celebração dos sacramentos”.  Os dois sermões, por outros autores, tem como título “A verdade como busca e encontro” e “Uma invenção de duas partes”.

> Livros 02

Dica de leitura 03

Alyce M. McKenzie é uma teóloga norte-americana que atua especialmente na área da educação de comunicadores da Palavra de Deus – como pregadores ou professores de ensino religioso.  Seus escritos giram basicamente em torno de dois eixos: “sabedoria” (sapiência – como o livro de Provérbios, do Antigo Testamento) e criatividade na proclamação da Escritura.
Seu último livro, Novel Preaching, de 2010, mostra como os pregadores podem aprender a comunicar a Palavra usando técnicas de escritores de romances.

Esta abordagem não é nova. Um dos pioneiros no uso da literatura secular como “fonte de inspiração” foi o teóloge5ec923f8da019a154b7a010.Lo luterano Francis Rossow, professor de homilética durante muitos anos no Concordia Seminary de Saint Louis, Missouri, Eua.  Todavia, a autora traz dicas importantes para pregadores, especialmente.

Mas indo ao que importa: Na Dica de Leitura de hoje, um livro da teóloga para pregadores e professores (infelizmente, apenas em inglês): Hear and be wise – Becoming a preacher and teacher of wisdom. (Ouça e seja sábio – Tornando-se um pregador e professor sábio – ou de sabedoria). Foi publicado em 2004 pela Abingdon Press, dos EUA.
Segundo Alyce, um dos papeis pastorais que muitas vezes é relegado a um segundo plano é o de ser um “ensinador sábio”, que é capaz de fazer com que seus ouvintes “ouçam e sejam sábios”.  Ela indica quatro qualidades que ajudam para que isto possa acontecer: joelhos dobrados (oração), coração aberto (ouvinte), mente aberta e voz corajosa.
Ao desdobrar estas qualidades, a autora coloca quatro ingredientes que julga importantes na proclamação da Palavra:
a) O emprego do sensorial – replicando a vida humana – por meio de imagens, metáforas, histórias conectadas com as emoções e o intelecto das pessoas.
b) O uso de experiências na primeira pessoa, mas sem apelo narcisista.
c) O ensino sem chatice.
d) A abordagem de questões controversas – sem defensividade e abertura para o diálogo.

Nas 208 páginas do livro, a autora, além da teoria, traz um bom número de exemplos. O livro bíblico bíblico de Provérbios é um referencial recorrente, tanto em termos teóricos como práticos.  Os recursos de  ensinos de Jesus também aparecem com frequência.

Jesus, o Segundo Adão

Jesus como o segundo Adão é uma imagem pouco utilizada em pregações. Todavia, a comparação entre Adão e Cristo – feita por Paulo em 1 Coríntios 5 – oferece uma importante ferramenta para a proclamação de Lei e, especialmente, de Evangelho.
Paulo considera Adão “pai da humanidade” e diz que através dele o pecado entrou no mundo. A obra vicária de Cristo reverteu a destruição do relacionamento que existia entre o Criador e a criatura antes da queda em pecado.
O primeiro Adão causou a morte. O segundo Adão enfrentou essa morte e a venceu. O Adão do Éden introduziu o pecado para o mundo. O Adão do Getsêmani é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). O primeiro Adão foi o responsável pelo rompimento com o Criador. O segundo Adão é o agente de restauração e reconciliação. “Porque, como, pela desobediência de um só homem [o primeiro Adão] muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só [o segundo Adão], muitos se tornarão justos” (Romanos 5.19).
Obviamente, você precisa avaliar quando e como para falar de Jesus como o segundo Adão. É possível que a comparação não seja evidente para o ouvinte. Talvez ele até conheça alguns detalhes da história Bíblia do primeiro Adão, mas não o suficiente para que possa compreender a importância e a grandeza da obra vicária de Cristo. Talvez seja necessário indicar claramente os pontos de comparação entre os dois Adãos
djj

Jesus, o Médico

Outra figura pouca utilizada, mas de grande potencial evangélico, é a de Jesus como Médico.  Em três Evangelhos (Mt 9.10-13; Mc 2.15-17 e Lc 5.29-32) ele dá a entender que a sua missão terrena de salvar os seres humanos em pecado poderia ser vista como a de um médico que cuida de doentes.

Como se observa em inúmeros relatos dos Evangelhos, Jesus agiu como “médico” curando seres humanos de diferentes problemas físicos.  Os milagres de curas faziam parte do seu ministério.  Todavia, quando Jesus se sugeriu que a sua missão era de curar os doentes, que ele tinha se encarnado para ser um “Médico”, ele estava se referindo a uma condição espiritual.

Para a maioria dos ouvintes das nossas pregações, a analogia é evidente. A figura de um médico em nossa sociedade pode eventualmente ter conotações negativas em alguns casos, mas o seu papel de cuidador e restaurador da saúde é preponderante.  Por isso, é fácil apontar para Jesus como aquele restaura a nossa saúde espiritual e cuida dela através da Palavra e dos Sacramentos.  Para pessoas com saúde e para as doentes, a imagem de Jesus como Médico é consoladora, restauradora e fortificante. (djj)